A Vestiaire Collective, plataforma de moda sustentável, introduziu uma nova métrica denominada “custo por uso”, visando mudar a percepção de valor na indústria da moda. Este método calcula o valor de uma peça baseando-se na frequência de uso, durabilidade e potencial de revenda, contrastando com o modelo de fast fashion, conhecido por seus preços baixos mas frequentemente criticado pela baixa durabilidade e impacto ambiental negativo.
O estudo revelou que casacos atemporais são utilizados, em média, quatro vezes mais que os de fast fashion, com um custo por uso significativamente menor (US$ 1,72 versus US$ 4,82). A diferença é ainda mais acentuada em vestidos exclusivos, que apresentam um custo por uso de US$ 1,56 comparado a US$ 5,66 nos de fast fashion. Além disso, bolsas de grife têm um custo por uso 72% menor devido ao seu alto valor de revenda.
Fanny Moizant, co-fundadora da Vestiaire Collective, enfatizou que a sustentabilidade e a economia devem andar juntas, especialmente em tempos de inflação elevada. A nova métrica é parte de uma estratégia para incentivar o consumo consciente e destacar os custos ocultos e o impacto ambiental do fast fashion, promovendo um modelo de negócio baseado na circularidade e sustentabilidade.
Fonte: Central do Varejo