Uma nova exposição traz à tona um debate sobre as origens do jeans, sugerindo que o tecido pode ter raízes mais antigas do que se pensava, remontando à Itália do século 17. A mostra, organizada pela Galerie Canesso e liderada pelo negociante de arte Maurizio Canesso, destaca uma série de pinturas do “Mestre dos Jeans Azuis”, um pintor anônimo cujas obras retratam pessoas no norte da Itália usando roupas que parecem ser de denim.

A peça central da exposição é “Mulher Pedinte com Dois Filhos”, que mostra uma mulher usando uma saia de denim desgastado. Véronique Damian, da Galerie Canesso, comenta que, embora ainda não haja uma teoria definitiva sobre a identidade do pintor, evidências sugerem que ele trabalhou principalmente na Lombardia no final do século 17.

Com isso, a Lombardia entra numa disputa com Gênova e Nîmes, sobre onde surgiu o jeans, que seria popularizado no século 19 por Levi Strauss nos Estados Unidos.

Gênova, na Itália, frequentemente associada à origem da palavra “jeans” (derivada de “Gênes”, o nome francês para Gênova), é conhecida pela produção do “jeane”, um tecido robusto. Esta cidade reivindica o título que é também disputado por Nîmes, na França. Lá, o “serge de Nîmes”, uma mescla de algodão e lã, era utilizado para fabricar velas e vestimentas de marinheiros, servindo de precursor para o moderno denim.

Fonte: The Guardian