Os desfiles de moda, uma tradição que remonta a quase 200 anos, começaram de forma modesta e se transformaram em grandes espetáculos que marcam presença constante ao redor do mundo. Originados na década de 1860 por Charles Frederick Worth em Paris, os desfiles eram inicialmente apresentações intimistas sem a presença de fotógrafos ou imprensa, destinadas exclusivamente para clientes selecionados. Com o passar do tempo, esses eventos evoluíram significativamente, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando Christian Dior introduziu o New Look em 1947, marcando o início da participação de fotógrafos e editoras de moda nos desfiles.
A revolução do prêt-à-porter nos anos 1960 transformou os desfiles em verdadeiros acontecimentos sociais, atraindo celebridades e formadores de opinião. Estilistas como Yves Saint Laurent e Pierre Cardin começaram a explorar locais inusitados e a criar apresentações que misturavam moda com arte e performance. Nas décadas seguintes, os desfiles se consolidaram como espetáculos grandiosos, com a entrada de supermodelos nos anos 1990, que trouxeram ainda mais atenção midiática para as passarelas.
Com o chegada da internet no início do século 21, os desfiles de moda se expandiram ainda mais, atingindo um público global instantaneamente através de transmissões ao vivo. A presença de celebridades e influencers se tornou comum, e as marcas começaram a realizar múltiplos eventos ao longo do ano, aumentando a frequência e a visibilidade dessas apresentações. Embora os desfiles continuem sendo uma ferramenta essencial para as marcas divulgarem suas novas coleções, o formato tem enfrentado questionamentos sobre sua sustentabilidade e impacto, levando a indústria a refletir sobre possíveis inovações para manter seu encanto e relevância no futuro.
Fonte: FFW